JAZZIN' MINAS
Eduardo Braga leva ao Bottle’s Bar em 28/1
o seu festejado projeto Jazzin’ Minas
Após uma festejada apresentação em Belo Horizonte, o cantor, instrumentista e
arranjador Eduardo Braga volta aos palcos cariocas com o espetáculo Jazzin’
Minas Vol. 1, uma releitura particular de temas eternizados pelo Clube da
Esquina, movimento que transformou a música brasileira nos anos 1970
revelando nomes como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini,
Wagner Tiso e Toninho Horta, entre outros. No próximo dia 28 de janeiro, Eduardo e
banda apresentarão o resultado desse projeto no Bottle’s Bar, no tradicional Beco das
Garrafas.
Jazzin’ Minas explora a interseção do repertório do Clube da Esquina com o jazz,
privilegiando a liberdade de estilo e os arranjos com improvisos, o que confere outra
dimensão a clássicos do cancioneiro popular mineiro. Os arranjos e produção musical
e executiva são do próprio Eduardo Braga.
A influência do jazz na obra de Milton é o ponto de partida do repertório. A canções
emblemáticas como Travessia e Vera Cruz (parcerias com Márcio Borges) e grandes
sucessos como Amor de Índio (Beto Guedes e Ronaldo Bastos) somam-se faixas
menos conhecidas de autoria de Bituca como Vidro e Corte e Novena (também com
Márcio Borges) e sucessos do Clube da Esquina como Sonho Real e Trem Azul (Lô
Borges e Ronaldo Bastos), Nascente (Flavio Venturini e Murilo Antes) e Fazenda
(Nelson Ângelo).
“Trem Azul foi a primeira canção na qual comecei a trabalhar quando pensei em
apresentar o Jazzin’ Minas. Mas, curiosamente, depois de tanto tempo, acredito que o
arranjo tenha chegado ao ponto que eu desejava apenas agora. E devo isso aos
maravilhosos músicos que me acompanham”, conta Eduardo Braga, idealizador, do
espetáculo no qual canta e toca violão. “São instrumentistas com contribuição
expressiva não apenas na MPB, mas na cena jazzística”, completa o artista, ao
referir-se aos músicos da formação que montou: João Braga (piano), Peter O’Neill
(sopros), André Santos (contrabaixo) e Jefferson Vieira (bateria). No show do
Bottle’s, Paulinho Emmery, filho de Eduardo, assume o baixo e Paulo Diniz estará na
bateria.
E se mineirice flerta escancaradamente com o jazz, a obra de Toninho Horta não pode
ficar de fora. Criações do compositor e instrumentista de renome mundial, como Beijo
Partido, assim como parcerias como Diana (com Fernando Brant), ganham leituras
intensas no espetáculo. Curiosamente, o carioca Eduardo Braga canta num timbre
próximo ao do artista mineiro.